Artigo de Sónia Cristóstomo, Embaixadora Master MNLP. Fotos AI
Uma crescente onda de grupos, posts e conversas sobre o tema da felicidade nas organizações tem tomado os palcos das redes sociais, dos grupos de profissionais e levantado mil questionamentos nas áreas de Recursos Humanos. E as perguntas são basicamente duas.
A primeira delas é:
É possível ser feliz no trabalho?
A resposta é que SIM, é possível. Mas quais as ferramentas básicas e porque se implementar as políticas de wellbeing nas organizações?
Vamos começar a dizer que ser feliz é o mínimo desejado pelas pessoas que saem de suas casas para ambientes corporativos ou mesmo aqueles que trabalham remotamente e que querem ter prazer em desempenhar suas funções.
O ser humano, por essência, busca o prazer e foge da dor. A neurociência explica que esse comportamento humano é guiado por dois pontos opostos e que se complementam, em termos de regulação comportamental: a fuga da dor e a busca do prazer. Um desses pontos é a aversão, que se ancora nos comportamentos que buscam evitar aquilo que é danoso, que causa incômodo e dor. E talvez a falta de compreensão e a pobreza de entendimento das próprias emoções façam com que o colaborador pule de empresa para empresa na busca de algo que ele mesmo desconhece e que pode não estar na empresa mas em si mesmo.
Isso implica para as organizações no chamado churn que dá trabalho para o RH e despesas para a organização, pois nada mais é do que a saída e reposição de colaboradores para uma vaga específica. E isso tem um alto custo.
Cabe ao board das empresas compreender que hoje em dia não é só salário que atrai e mantém os seus colaboradores, mas um ambiente com liderança positiva, saudável, metas atingíveis, comunicação humanizada, reconhecimento e benefícios.
Pode parecer a princípio um grande pacote, mas se formos olhar mais a fundo, nenhum dos itens acima demanda investimentos mas tão somente mudança dos padrões de comportamento e aderência ao gerenciamento do novo normal. O futuro do trabalho chegou!
A segunda pergunta e que é muito recorrente para mim quando falo para os grandes executivos das empresas é: “ok, tenho todas essas responsabilidades com meu time, mas quem cuida de mim”. Nada mais junto, concorda? Tanto o colaborador blue-collar quanto os C-Levels são “gente como a gente”. É incoerente pensar no futuro do trabalho humanizado se não preparamos a equipe gerencial para a mudança.
Lembro-me de assistir uma série na TV onde o mago dizia para aqueles que tinham seus pedidos realizados “magic comes with the price”. Ou seja, para a mágica acontecer, pagamos um preço.
Mas calma, não estamos falando de vendar a alma ao inimigo nem de limpar nossas economias com cursos caríssimos. Estamos falando em nos dispor e mudar e nos despir de conceitos arraigados de que somente um pulso forte e uma personalidade invulnerável conseguem os melhores resultados.
“Conhece-te a ti mesmo” já dizia Sócrates que nasceu lá em 399 antes de Cristo.
E é desse investimento que falo para você líder. Conheça suas vulnerabilidades, suas fortalezas e tire o melhor dos dois mundos, busque um mentor, um preceptor, para te ajudar no caminho, porque sim, até sua vulnerabilidade faz de você único e especial. Comunicar a vulnerabilidade para um time maduro, traz consigo a possibilidade de ter uma equipe engajada e com idéias inovadoras para a resolução de um ponto de situação na empresa.
Ah! E já falei que o funcionário feliz é, em média, 31% mais produtivo, 3 vezes mais criativo e vende 37% a mais em comparação com outros?
Essa foi a comprovação de pesquisa realizada pela Universidade da California e ratificada pela Universidade de Warwick no Reino Unido.
É tempo de se conhecer e de não delegar sua felicidade. É possível ser feliz no trabalho e na vida pessoal e a chave de tudo é o autoconhecimento e responsabilidade. Ouse se conhecer.
“Se um homem encara a vida de um ponto de vista artístico, seu cérebro passa a ser seu coração.”
Oscar Wilde
Be happy!
Sônia Crisóstomo
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