Trago a vocês esse tema pelo olhar da Constelaçāo Familiar Sistêmica e sugiro que leia até
o final pois com certeza, trarei uma nova visāo e muita reflexão..
Crescemos acreditando que nossos pais detinham o poder do conhecimento da
humanidade e de tudo que estava sobre a face da Terra, e seguíamos fielmente a versão
de nossos ídolos afinal de contas, eles sabiam tudo, tinham respostas pra todas nossas
perguntas e confiantes nesse suposto “saber” nem deixávamos espaço para duvidas.

Como adultos sabemos que muitas das “verdades” ditas por eles, não eram bem assim,
muitas respostas foram dadas pra preencher o vazio da criança cheia de tantas
interrogações - mas porque pai? mas porque mãe?? Esses adultos transmitiram muitas
“verdades” que também não foram questionadas por eles afinal de contas, foram
transmitidas por outros sábios inquestinaveis -nossos avós; que foram responsáveis por
transmitir a “verdade” de acordo com que aprenderam com os outros sabios - nossos
bisavós e assim por diante.
Assim seguimos em cadeia padrões de comportamentos, que tiveram inicio sabe-se lá
quando, como se fosse a unica “verdade” passando de geração após geração, sem que
ninguém questionasse se realmente ainda é uma verdade.
Vou trazer um exemplo: fui criada com meus pais e lembro de pedir algumas vezes que
minha mãe fizesse o “pāo queimado” que traduzindo era um pão com manteiga espetado
numa faca e colocado pra queimar diretamente na boca do fogão e era simplesmente
delicioso, sem nunca questionar porque ela fazia daquele jeito, fiz e ensinei para meus
filhos, que hoje fazem e ensinam para meus netos. Até que um dia fomos a um sitio com
fogão a lenha e minha mãe pega um espeto com queijo , vai diretamente pra boca do fogão
onde queimavam as brasas e começa girar a faca eventualmente na chama e girando, ela
começa contar que quando criança a mãe dela pegava uns tolete de queijo coelho,
colocava no espeto um pra cada filho e levava um a um ao fogo ate queimar de um lado e
do outro.
Ouvia a história fascinada até que veio um Aha e disse a ela: “nossa mãe, você fez do
mesmo jeito com pão com manteiga” ela sorriu e disse: “Claro, não dava pra comer queijo
coalho todo dia, mas pão com manteiga dava”
Assim como a crença de que pão com manteiga queimado era delicioso e pra mim foi uma
crença fortalecedora, há também as crenças limitantes que trazem o peso dos chavões
familiares por terem sido de fato aquelas verdades que também foram vividas por nossos
ancestrais e passadas de uma geração a outra com a intenção de garantir a preservaçāo
num aspecto ou outro.
Vamos analisar a crença limitante que esta por trás do ditado que segue em muitas
famílias: O olho do dono é que engorda o gado e lá atrás essa pode ter sido uma verdade,
para os nossos ancestrais prosperarem eles teriam que estar presente o tempo todo, porém
hoje, essa mesma crença se for seguido à risca tornar o dono, empreendedor uma pessoa
minimamente controladora, desconfiada e centralizadora assim, na prática é uma crença
que enfraquece.
Toda crença limitante tem por trás uma boa intenção porém esse ditado se for seguido de
forma inconsciente, pode ser um fator importante que limita o sucesso, a expansão e a
abundância pois atualmente, dependendo do negócio, se acreditar, pode se sabotar antes
mesmo de ter que acompanhar tudo de muito perto pra dar certo.
Ao questionar CREM DISSE - afinal as crenças vem a partir de crendices, que Somente o
olho do dono que engorda o gado? é possível abrir outras possibilidades e transformar a
desconfiança e o controle em algo mais positivo, assim o empreendedor passa a delegar
funções, possibilitando que o outro faça a sua parte sem ter que ficar em cima o tempo
todo, porém, quem não elaborou a crença negativa, também entrega ao outro o fazer a
partir de outras perspectiva e assim, ele passa a delargar ou seja, deixa na mão do outro a
responsabilidade e o controle não se empoderando do que é seu.
De forma inconsciente nesse exemplo, na polaridade ele faz igual aos ancestrais
desconfiados e seguem a crença porém tudo isso é uma escolha inconsciente. Enquanto
não se sabe faz igual, quando se questiona e sabe o porque, temos a possibilidade de fazer
novas escolhas.
A partir desse momento questione em sua jornada as crenças fortalecedoras e limitadoras
afinal:
- Quem disse que eu preciso fazer desse jeito?
- De onde veio essa informaçāo?
A partir das respostas, irá fazer escolhas atualizadas baseadas no Aqui e Agora e eu te
desejo nessa consciência - Abertura e Sucesso pois te garanto que ir’a se surpreender com
as descobertas.
Eunice Porto é Psicóloga, Coach, Mestre em Constelação Famíliar Sistêmica e
Organizacional, Gineterapeuta, Facilitadora de Círculos Fem/Masc, Escritora, Radialista,
Apresentadora e Palestrante. Embaixadora do Clube Mulheres de Negócios de Portugal e
Membro do Comitê de Saúde Emocional
É interessante que quando entendemos o significado de uma crença, podemos também definir se ela nos limita, ou nos fortalece. Se ficamos com ela, ou se a entregamos ao devido dono. Passamos a RESSIGNIFICAR a nossa vida, e isto é libertador, traz uma leveza imensurável , pois o peso (aquilo que não nos pertence) é deixado para trás.