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Dirlene Silva | Embaixadora Master

Dicas de como sair das dívidas e não voltar mais

Quando falamos em finanças pessoais, a primeira coisa que ouvimos é que temos que poupar 20% do rendimento e começar a investir.

No mundo ideal isto seria perfeito, já no mundo real, onde vivem as pessoas normais que

representam a maioria da população, nem tanto.





No Brasil, a renda média do brasileiro é de até 2 salários mínimos. Contudo, é sim possível que uma pessoa com este rendimento tenha uma vida organizada, pois uma renda alta não

significa vida financeira em dia. Tradicionalmente, quanto maiores os rendimentos maiores são os gastos e consequentemente o endividamento, pois erroneamente os brasileiros aumentam o padrão de vida conforme aumentam seus rendimentos.


Além disto, todos nós podemos e devemos, independentemente do padrão de renda ou classe social ter uma vida financeira organizada e saudável. Entretanto, não há como pensar em poupança e investimento se estamos ainda endividados e temos hábitos de consumo

destrutivos.


O certo é que ter uma vida financeira saudável requer um processo de DESconstrução e

REconstrução da visão que temos do dinheiro, entendendo que ele é aliado e não inimigo.

E aí quando falamos em processo de mudança ou desenvolvimento de habilidades, o marco

zero ou seja, a condição única é a vontade de mudar a situação.


É considerada endividada a pessoa que tem dívidas acima de sua capacidade de pagamento

ou dívidas em atraso. O ideal é não ter dívidas que comprometam mais que 70% do seu

rendimento.


Para saber se você uma pessoa endividada e começar a mudar sua situação identifique se você possui um destes inimigos:


 Você usa o limite da conta “o famoso cheque especial”?

 Você paga o mínimo ou menos que o valor total da fatura do cartão de crédito?

 Você possui um ou mais empréstimo?

 Você “sorteia” quais contas vai pagar no mês, deixando outras pendentes?

 Você pede dinheiro emprestado para pagar as contas?


Se você respondeu SIM para qualquer uma das questões acima, significa que você gasta mais que sua capacidade de renda e infelizmente você possui e alimenta grandes inimigas: Livre-se urgentemente delas... As dívidas!


Para auxiliar no processo de “arrumar a casa” e sair das dívidas e não voltar mais seguem cinco passos que vão apoiar você neste processo. Os passos são:





1. DIAGNOSTICAR

Ratifico que o marco zero para se livrar da bola de neve das dívidas é QUERER. Logo, a

partir de sua vontade é possível seguir para o primeiro passo que é DIAGNOSTICAR, de

forma a entender quais são e qual é o tamanho de seu endividamento.


2. MAPEAR

O segundo passo é mapear as dívidas, classificando-as por tipo, valor, data de vencimento

e o fator importantíssimo quando falamos em finanças e que normalmente é desconsiderado: taxa de juros.


3. PRIORIZAR

Depois de analisar e classificar as dívidas, é possível eleger as prioridades. Opte por quitar

o que for essencial para você. Como por exemplo: aluguel, água, luz, telefone e internet.

Após realizar os pagamentos essenciais, opte por pagar as contas que possuem as maiores

taxas de juros como cartão de crédito e limite da conta (cheque especial), por exemplo.


4. NEGOCIAR

O quarto passo, é importantíssimo e determinante: NEGOCIAR. Saber negociar é uma

competência poderosa e muito estratégica. Além disto, quando falamos de inteligência

financeira, ela é essencial.

As instituições em geral não estão acostumadas com clientes que sabem negociar. Então,

quem possui esta competência se diferencia. Se você não possui, busque desenvolvê-la.

Não seja arrogante em hipótese alguma, mas demonstre que você possui conhecimento.

Estude previamente sua dívida, verifique a taxa de juros praticada e proponha uma negociação que caiba no seu bolso.


5. TER BOM SENSO

Quando se está endividado, é importante não fazer mais dívidas. Contudo, não existe

receita pronta e nem verdade absoluta. Cada realidade é uma realidade. Para isto, é

preciso ser lógico e agir com coerência, tendo bom senso (aliás, bom senso é maior amigo

das finanças).


Então, se você seguiu os passos anteriores: diagnosticou, mapeou, priorizou, negociou,

enfim, tirou todos os “coelhos” da cartola e ainda assim, não conseguiu pagar ou negociar

todas as suas contas, é hora de colocar o bom senso “na mesa” junto com a calculadora,

focando na análise das taxas de juros destas dívidas.


Por exemplo: Se você está utilizando o cheque especial que, em média possui uma taxa de

juros de 112% ao ano, Brasil, ou o rotativo do cartão de crédito que tem, em média uma taxa

de juros de 310% ao ano. O mais sensato é fazer um empréstimo que tem, em média taxa de

juros de 28% ao ano para quitar as dívidas com altas taxas de juros.


ATENÇÃO!! As parcelas do empréstimo precisam “caber” no seu bolso para que não vire “bola de neve” novamente. O objetivo é fugir das altas taxas de juros, trocando uma dívida ruim por uma boa. Entretanto, tenha muito cuidado, pois só será efetivamente uma dívida “boa” se as parcelas couberem no seu bolso, de forma que você fique apenas com um parcelamento.


Por fim, lembre-se que não existe sucesso na desorganização financeira e ter uma boa relação com suas finanças significa acima de tudo qualidade de vida.



 

UBUNTU


Sobre a autora:

Dirlene Silva é a mãe da Joana, a filha da Vera e irmã da Marcia e da Marta. É adepta da

filosofia africana UBUNTU que significa - eu sou porque nós somos. Economista e Mestre em

Gestão e Negócios. É multicarreira, fundadora e CEO na DS Estratégias & Inteligência

Financeira, palestrante, professora e embaixadora na Escola Conquer, embaixadora no Clube


Mulheres de Negócios de Portugal, colunista no Portal de Inteligência Financeira e no Blog

Prateleira de Mulher, conselheira na ONG Artigo 19 e no Conselho de Desenvolvimento

Econômico Social Sustentável da Presidência da República, integrando o Comitê de Assuntos

Econômicos. Membro do Conexão Mulheres e Economia, do REPP – Rede de Economistas

Pretos e Pretas, do IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, o qual integra a

comissão Conselhos do Futuro e da ABRH/RS – Associação Brasileira de Recursos Humanos em que faz parte do comitê ABRH do Futuro. É Linkedin Top Voices e creator, umas das 50 pessoas mais criativas do Brasil, segundo a Revista Wired, troféu Business Woman pela The Norns Awards e é um dos 20 maiores influencer do Linkedin segundo o Ibest.

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1 Comment


Excelente artigo!

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